quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cinco dias de Marilyn


Tem uma época em que tudo é igual. As pessoas, as músicas, as cantadas, as roupas, os relacionamentos e as opiniões dos teus amigos.
DIA 1: CATAR FEIJÃO
Escrever, descrever. Ela sente uma enorme agonia, olha através da janela. O vizinho com binóculos – ele esconde o acessório – ela acena e fecha a janela. A mãe sempre dá um sermão devido à nudez da filha, mas o que fazer? Ela está dentro da própria casa.
DIA 2: CONVITES
O dia nunca chegará, você nunca será convidada. Fique aí: assista e espere.
DIA 3: AMORES
Mulheres difíceis, homens previsíveis. Sexo é o que interessa. Quando interessa.
DIA 4: AMIZADES
Não ligam mais? Que pena... Será que não é resposta a algo que você fez? Ou será que apenas cansaram desse teu jeito fora do mundo?
DIA 5: VIDA
Em fevereiro, andar de ônibus pode ser mais tranquilo. Talvez teu signo até apareça na Bus TV. Talvez o T3 fique preso na Silva Só. Silva só. Só. E você não se chama Marilyn.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Curtas Gaúchos


Me mostra uma coisa que ninguém nunca viu. Me mostra o que não importa para outrem. Me dá um beijo de verdade e depois me esquece. Me diz que eu sou ruim, mas diz que eu sou a pior de todas pra eu sentir que faço bem até as piores coisas.

As conversas deles só funcionavam com hiperlink, citações não faltavam, histórias reais e inventadas, as ruas de Porto Alegre eram descritas com clareza. Será que faltava dizer, fazer, assistir, ou dar?

Lá onde ninguém me via, eu chorava por ela.

Continuar nem sempre é começar por onde havia parado, mas é começar algo novo e bonito. Às vezes se parece com o que aconteceu, mas nunca é a mesma coisa. Nem a mesma continuação. Continuar ação. Cinco da manhã, sem café, sem cigarros, e o cheiro da rua é tão forte, me chama tão alto. Será que é noite de lua?